Vanguarda da Luta Livre
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Promos Antigas, a pedido de alguns.

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Mensagem por Sezarus Sex 01 Ago 2014, 09:42

Pediram-me algumas promos antigas, aqui estão.

Promo #1 - Introdução a Daniel Dumas, personagem pensada para uma e-fed defunta. Não passou da 1ª promo.


"Depois de tanto tempo ... hoje é o dia."

A Lua reina suprema, por entre a sofreguidão longínqua do negrume nocturno. Embrenhado pelo silêncio mordaz da noite lisboeta, consegue ouvir-se o rosnar solene de um carro em movimento, acelerando vagarosamente até ao seu destino. Trata-se de uma velha besta de ferro, um Rolls Royce Silver Shadow negro, cujo ocupante aguardava calmamente o momento em que chegasse ao ponto de encontro desejado.

"Depois de tanto esperar ... hoje é o dia."

Após longa viagem, o carro pára. Com um movimento dissimulado, o condutor encosta a viatura à berma da estrada, e abre a porta. Trata-se de um homem alto, robusto, vestido rigorosamente com um fato negro e uma impecável camisa branca. Não demonstra expressão alguma, ao dirigir-se calmamente à bagageira do automóvel, de onde retira uma cadeira de rodas dobrada. Procede a desdobrá-la, e a encostá-la à porta do passageiro, a qual abre com suavidade.


Condutor (Num tom calmo): Chegamos senhor.

Ouve-se uma gargalhada fria, dissimulada.

?: Parece que sim, meu caro Martins. Parece que sim.

Uma luva branca arrasta-se até à cadeira de rodas, e num movimento subtil, o passageiro sobe à mesma. É um homem bem parecido, de barba mingue, por fazer. As suas vestes são primorosas, envergando um perfeito fato castanho e uma simples gravata. O vento distorce-lhe o cabelo loiro pálido, já envergando alguns tons de cinza, que ele prontamente refaz, num movimento rápido.

? (Olhando para o relógio de pulso): Terás de perdoar-me, Martins. Tanto pela longa viagem à qual te submeti, como pelo tempo que me vou demorar. Mas decerto compreenderás que ...

O condutor, acendendo prontamente um cigarro, faz jus a uma interrupção.

Condutor (Friamente): É para o que sou pago. Não tem de me dar explicações agora, nem nunca teve.

O sujeito na cadeira de rodas ri-se, e vira-lhe as costas vagarosamente, olhando então para a abóbada massiva do Estabelecimento Prisional de Monsanto .

"Finalmente, pessoas que sabem acatar ordens devidamente. Não seria de me admirar, de qualquer das formas. Caso me respondesse de outra forma qualquer, seria facilmente substituído."


O sujeito suspira com doçura ao olhar para a arquitectura da prisão, e procede a deslocar-se à mesma.

"Oh, Monsanto, Monsanto. Enquanto um dia foste a defesa da capital contra os inimigos do estado, sempre pronta a deixá-los lá fora ... que és tu hoje ? Que bela e monstruosa jaula te tornaste, Monsanto ... que vil presente encontrarei dentro de ti hoje ? Pois sim, Monsanto, porque hoje ...

... hoje é o dia."


Ao aproximar-se da entrada, é prontamente interpelado por um agente da autoridade, que o questiona.

Agente (Num tom sério, olhando para a personagem à sua frente): Boa noite, identifique-se.

? (Friamente): Filipe Dumas. Tenho reunião marcada com o director.

O agente, ao ouvir isto, comunica a informação à sede da prisão. Recebendo resposta afirmativa ...

Agente (Cedendo passagem): Pode passar, senhor.

Filipe Dumas (Com um sorriso cínico): Eu sei. Haveria outra resposta a não ser essa ?

Filipe passa lentamente ao lado do Agente, que demonstra certo grau de desdém pela arrogância do mesmo. Ao entrar dentro da prisão, Filipe sorri.

"Oh, Monsanto, Monsanto. Bons olhos te vejam. Como está o meu irmão, Monsanto ? Sofreu o suficiente ? Não ? Mas sofrerá, meu belo Monsanto, ele sofrerá ... porque finalmente, hoje ...

Hoje , é o dia."

Filipe Dumas respira profundamente, com um enorme sorriso vil na face.
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Mensagem por Sezarus Sex 01 Ago 2014, 09:46

Promo #2 - Introdução a Dragunov, um ex-militar Russo.


A câmara liga-se para revelar uma sala de tamanho portentoso. Embora estivesse embebida num ambiente algo soturno, não deixava de ser uma bela sala, mobilada ostentosamente a madeiras pretas. No entanto, reluzindo fugazmente por entre a escuridão, podia reparar-se em várias medalhas, que pendiam de um uniforme. Uniforme este envergado por um veterano, por alguém que já muito lutara, por alguém que já vira muito, já sofrera muito ...

Um candeeiro liga-se. A luz dele proveniente iluminara uma enorme secretária, onde se podia ver o mapa mundi completo. E atrás dessa secretária, sentado num cadeirão de couro, repousava Aleksandr Dragunov.

Dragunov olha para a câmara, fitando-a com alguma repugnância. Os pensamentos que lhe passavam pela mente, eram tudo menos felizes. Mas Dragunov engole a seco, abre uma garrafa que tinha a seu lado, e despeja um bocado do liquido escarlate para um copo, de onde toma um sorvo fugaz.


Dragunov (Olhando o copo): ???????. ("Perfeito.")

Dragunov fita a câmara, e tosse levemente, ainda com a mesma expressão que envergara antes.

Dragunov (Num tom afectado, sentido-se o seu sotaque): O meu nome ... é Aleksandr Konstantin Dragunov. Não tive oportunidade de me apresentar devidamente, e por isso mesmo faço-o agora.

Dragunov faz um leve gesto pelo peito, revelando as suas medalhas.

Dragunov: Como podem ver, fui soldado. Estive destacado em quase tudo o que se possa denominar de continente. Conheci países que não existem nos mapas d'hoje. Vi coisas ... (Dragunov ressente-se do que iria dizer) ... que neste momento, não interessam.

Dragunov abre uma caixa metálica que tinha ao seu lado, e de lá tira um charuto. Pousando-o entre os lábios, dá-lhe lume com um fósforo.

Dragunov (Soltando o fumo pelas narinas): E foi durante a minha vida de soldado que aprendi a vossa língua. Para aqueles que pensavam que apenas falo ou percebo russo, desentendam-se dessa ideia. O português foi tão óbvio para mim, como o inglês, francês ou até mandarim.

Pousa o charuto num enorme cinzeiro de vidro, e volta a tomar um sorvo do copo.

Dragunov (Num tom gélido): Mas vocês não querem saber quem sou. Não é isso que vai alimentar a minha mensagem. O que querem saber, o que realmente vos interessa ... é o que tenho a dizer sobre o meu combate.

Dragunov faz um gesto com as mãos, rendendo-se à evidência.

Dragunov: É algo deveras simples, aliás. Não posso fazer nada a não ser render-me à realidade. Se agora luto, tenho de fazer por isso. E como hoje em dia, não se pode lutar apenas pelo prazer da batalha, tenho de dar razões. Mas eu tenho-as ... sim, eu tenho razões.

A primeira ... (Dragunov, com o cotovelo pousado sob a mesa, ergue a mão direita, e faz o sinal de "um") ... é que eu luto pela honra. Pela vitória. Pelo sucesso, dedicação, amor à farda ... escolham uma. Mas nunca pela razão moribunda de um estilo musical, uma época. Lutar pelos anos 70 ? Anos 80 ? De longe poderia dizer que a idiotice prolifera por entre os membros da federação ... mas ...

A segunda. (Dragunov faz o mesmo gesto, fazendo um sinal de "dois" com os dedos) Eu não sirvo de meia medida entre rivais. Como dizem no vosso país, "Entre marido e mulher, não se mete a colher.". Por isso, aviso desde já. De um lado, terei todo o gosto em vencer o meu combate, não tenham dúvidas. Do outro ... teria todo o prazer em quebrar qualquer um que se atrevesse a interrompê-lo.

Dragunov levanta-se da sua cadeira, calmamente, e desliga a luz do candeeiro.

Dragunov: Honra e justiça. Esperemos que haja.
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Mensagem por Sezarus Sex 01 Ago 2014, 09:47

Promo #3 - Continuação Dragunov


" Ainda me lembro ... "

Acordo sobressaltado a meio da noite. O suor escorre-me pela face de maneira intensa, e sinto todos os nervos do meu corpo a disparar ao mesmo tempo. Mazelas da vida militar, algo que qualquer soldado gostava de deixar para trás.

" Aquele sonho, novamente. "

Ainda a tremer, tento meter-me direito ao lado da cama. As pernas quase que me fraquejam, mas não serão elas a enviar-me abaixo. Não depois de tudo o que já vivi. Não desta maneira irrisória, mais própria de um idoso que de um homem de semblante militar.

" Ainda lhes sinto o cheiro. "

Olho pela janela, e vejo o luar, intenso e frio. Uma penumbra que me engole, e me gela a alma. De pé, recordo-me de tanto que já passei.

Recordo-me do cheiro a sangue na neve. Do fedor desprezível que emanava dos corpos, apilhados uns em cima dos outros. A vida tenebrosa das trincheiras. O brilho breve e suave de uma arma a disparar, e o som terrorífico que se seguia.

O som da morte.

Lembro-me dos olhares deles. Jovens, adultos. Os seus olhos, tristes e lúgubres, que me fitaram tantas vezes. Olhavam para mim, e pensavam que eu os podia salvar. Que seria o seu anjo. E no entanto ... tudo o que lhes dei, foi a mera perspectiva de salvação. Ainda assim, agradeciam-me, como se lhes tivesse dado um novo alento à vida.

Poucos segundos depois, jaziam amontoados a meus pés.

" Guerra. "

Dirijo-me à casa de banho, e olho-me ao espelho. Passo a mão pela cicatriz no meu lábio, e a minha alma enche-se de recordações novamente. Mas não posso deixar que tomem conta de mim, não agora. A vida de militar, de glórias e derrotas, é passado.

Agora, devo pensar no futuro.
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Mensagem por Sezarus Sex 01 Ago 2014, 09:51

Promo #4 - Continuação Dragunov


Nesta noite de puro breu, cuja própria Lua é tapada pelas nuvens, cai uma tempestade massiva que enche a cidade de temor. A chuva cai em força, e o vento, gélido e penetrante, percorre as ruas com uma crueldade sem igual.

No entanto ... isso não o pára. Nota-se numa silhueta sombria que percorria a rua, calmamente, como se todo aquele inferno natural não a afectasse de qualquer maneira.


"Já passei por coisas piores." - pensou Dragunov para si mesmo.

O russo anda a passo contado, sem pressa alguma. Envergava uma longa gabardina de cor cinza, calçava umas luvas de cabedal negro, e dispunha de um cigarro pendente nos lábios, enquanto que segurava um guarda chuva preto, que o protegia da água.

Um trovão ecoa no horizonte, e Aleksandr chega ao seu destino.

Entrando por uma típica porta de madeira e fechando o seu guarda chuva, Dragunov encontrava-se então num bar. Paredes ladeadas a tijolo, um balcão de madeira suja e mármore, uma pequena fileira de cadeiras, ocupadas com gente longe da sobriedade ...


... era um típico bar português. Muitos dos homens que lá se encontravam olham para o russo, fitando-o de cima a baixo, enquanto este sacode a sua gabardina. Dragunov não se ressente de algum modo, e dirige-se ao balcão, onde é recebido por um homem forte, careca e com uma longa barba e bigode de loiro fraco.

Barman (Limpando um copo): Então o que é que vai querer, amigo ?

Dragunov olha para o expositor de bebidas, e não demora muito a pensar.

Dragunov (No seu sotaque tipico): Um copo de vodka, por favor.

O homem assente o pedido, e serve um belo copo de vodka a Dragunov. Este pega nele, dirige-se a uma mesa, e senta-se calmamente. De dentro da sua gabardina retira um livro, cuja capa tinha "?????? ????" escrito a letras gordas douradas. Abre-o, e começa a ler.

Ou talvez só aparentemente. Embora o livro repousasse à sua frente, os olhos de Dragunov seguiam lentamente outras trajectórias.

"As mesas são resistentes o suficiente. Devem suportar com 100, 200 kilos."

Olha de relance para o expositor de bebidas.

"Garrafas. Vidro, alumínio, mesmo que raramente ... o suficiente para abrir, golpear ou cortar."

Folheando falsamente o livro, olha então para os tacos de snooker envergados por alguns jogadores.


"Excelente arma de contusão."

Quando Dragunov ia a olhar de relance outro objecto ... um colosso interpõe-se à sua frente. Um jovem alto, encorpado, vestido de negro. A sua cabeça estava livre de cabelo, e envergava uma suástica num ombro. Este aproxima-se de Dragunov, e fecha-lhe o livro com força.


Skinhead (Sorrindo entredentes): Não pude deixar de reparar no teu sotaque quando entraste no bar. És de onde ? Ucrânia ? Letónia ?

Dragunov olha para ele calmamente, fitando-o com os seus olhos azuis liquidos. Da sua boca, não sai uma única palavra.

Skinhead (Irritando-se): Eu fiz-te uma pergunta, seu traste. De onde é que vieste, escumalha imigrante ?

Mais uma vez, não há resposta. E isto leva o jovem a passar do seu limite. Retira uma navalha de um bolso ... mas é a última coisa que faz. Dragunov pega no copo de vodka que estava a beber e parte-o na sua mesma mão. Todos os estilhaços de vidro são arremessados ao atacante, que não se consegue defender.

E isto dá tempo a Dragunov para se levantar.

Era uma batalha perdida desde o inicio. Um rufia daquele género nunca teria chance alguma contra um militar do calibre de Dragunov. E não a teve. A sua cara ensanguentada repousava sobre o balcão de mármore, e Dragunov sacudia as mãos, enojado. Pega numa nota, e paga os estragos que tinha feito.


Pegando no seu guarda chuva, prepara-se para sair mais uma vez. Mas antes ... pega numa garrafa, e parte-a contra a parede. Todos os presentes se assustam. Tinham assistido a uma autêntica carnificina anteriormente, e ninguém sabia o que pensar do russo. E no entanto, este apenas admira a reflexão da luz na garrafa partida, e em todas as lâminas que ali via.

"Perfeito."


Dragunov sai porta fora. A chuva continua, mas a ele, pouco lhe interessa. A missão de reconhecimento tinha sido um sucesso, talvez ainda maior do que ele imaginara.

"Vou-me divertir um bocado num bar, aposto." - pensa para si mesmo, enquanto parte novamente para as sombras.
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Mensagem por Sezarus Sex 01 Ago 2014, 09:54

Promo #5 - Introdução a Vergil



Esta noite está do mais bonita que podia haver. Uma brisa amena flui livremente, e o céu está repleto de estrelas que brilham no alto. A Lua já vai alta, e ajuda a iluminar as ruas, que estão cheias dos tão comuns postes de luz. Eu ando com a maior das calmas pela rua, até chegar a um beco do mais escuro possivel. Olho por cima do ombro, e consigo distinguir uma figura alta, frente a frente com uma porta.

Ando ao encontro dele, e começo a avaliá-lo. Alto, forte e encorpado, limpo de cabelos na cabeça. Envergava a tatuagem de uma suastica nazi de lado no seu crânio, e no seu queixo, uma vasta barba ruiva. Olha para mim, e ergue o sobrolho. Eu sorrio com calma.


Segurança: Convite ?

Meto a mão dentro do meu casaco, e o homem fica apreensivo. Mete a mão atrás das costas, numa medida preventiva.

Vergil (Sorrindo): Tenha calma. Vou tirar apenas o convite do bolso.

Entrego-lhe o envelope, e ele confirma. Acalma-se, e abre-me a porta.

Segurança: Uma continuação de boa noite, senhor.

Agradeço-lhe e entro dentro do edificio. Uma festa de elite, era onde acabara de entrar. Uma festa mais ... pesada, diria eu. Estas festas são dedicadas aos prazeres mais crús da vida, e isso vê-se nos seus convidados. Os seus fetishes, o consumo de dor, alcool, opiaceos ... contudo, não tenho como objectivo divertir-me. Hoje não.

Ando até ao balcão a passo lento, e consigo reparar que muitos dos convidados me olham. Não é sequer o facto de não me conhecerem, é o mero facto de ter vindo a esta festa sem uma mascara, uma faceta, que cobrisse a minha identidade. Estou aqui pelo que sou, e logo descobrirão isso mesmo.

A bartender pergunta-me o que quero beber. Respondo com simplicidade "Um copo de Daniels, dois cubos de gelo." Ela anui automaticamente com um sorriso. Olho para trás, enquanto ela me serve ... e é aí que o vejo, num lanço de escadas. Alto, moreno, cabelo castanho pelo pescoço, com uma barbicha distintiva. Pedro Montalban, 32 anos. Um dos maiores barões da droga europeus, ali, acompanhado dos seus guardas pessoais. O meu alvo.

Ela dá-me o copo, e sorvo naturalmente. Whisky, um dos mais divinos prazeres. Montalban dá ordem a um homem para lhe ir ao bar buscar uma bebida. Este acede no momento, e desce a escadaria.


" Está na hora. " - Penso eu.

O guarda pede a bebida, um mero Martini rosso. Eu viro-me para ele, e cumprimento-o. Ele desvia o olhar, mas tenho meios para o fazer aperceber-se. Tropeço para a frente, e sujo-o de whisky.

Guarda (Irado): Mas que raios é que está a fazer ?

Vergil (Fingindo-se bebado): Peço perdão, devo estar a perder qualidades. Este pequeno copo de whisky parece que me afectou ...

O guarda começa a limpar-se, aborrecido. Quando ele desvia o olhar, deixo cair uma pequena capsula efervescente no copo de Montalban. Deveria chegar. Desculpo-me do guarda, e meto-me a andar.

Enquanto saio, desvio o olhar para a escadaria. Montalban bebia o copo naturalmente. Seria a última coisa que faria. Quando saio da festa, o segurança pede-me o convite. Devolvo-lhe o envelope, que ele queima com um isqueiro. Sigo o meu caminho, e dirijo-me a casa.

Abro a porta do apartamento, e dirijo-me ao quarto. Em cima de uma secretária, um portátil estava ligado. Abro uma linha de contactos, e mantenho o ultimo dialogo que teria com o HQ.


HQ (Numa voz simples): Está feito ?

Vergil: Parece que sim. Uma pastilha daquele veneno seria suficiente para matar um elefante, quanto mais um homem ...

HQ: Muito bem. Alvo terminado. Terás o teu dinheiro depositado daqui a um par de horas. Suponho então, que este seja o nosso adeus.

Vergil: Supões bem.

HQ: Desejo-te então boa sorte no futuro, Vergil. Se quiseres voltar alguma vez aos modos antigos ...

Vegil (Rindo): Sei bem quem contactar.

Vergil desliga o portátil, e deita-se na sua cama. Ao seu lado, um envelope, onde se poderia encontrar uma carta dirigida a ele. Assinada pela direcção da PWA. A sua velha vida tinha acabado de terminar, daria asas agora, a uma nova profissão ...
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Mensagem por Sezarus Sex 01 Ago 2014, 09:56

Promo #6 - Continuação Vergil


Uma sala ampla, espaçosa. O chão, feito de uma madeira clara, de um tom castanho homogeneo, brilhava intensamente sob a luz de várias lâmpadas. As paredes desta profunda sala, eram de uma madeira mais escura, mas da mesma beleza intemporal que a restante. Todo este cenário exaltava a mais pura calma, a mais pura benesse humana. Quem diria que no meio desta, repousasse tal monstro.

Vergil DeVigo. Sentado de joelhos no centro da sala, aquele homem gozava com a pureza do ser. A sua mera vida, o seu calmo respirar, o batimento no seu peito ... monstruosidades humanas, atentados à vida de outrém.

No seu olhar de anjo, uma besta encarcerada. No negrume do seu cabelo, a mais pura noite de uma alma. Toda a contracção dos seus músculos, calculada ao minimo detalhe, ceifara vidas sem fim.

E que obteve ele ? Que gratificação ? Que prazer ?

Nenhum. Não o fazia pelo dinheiro, embora fosse um homem de larga fortuna. Nem sequer pelo prazer maniaco e demente de se fazer de Deus, e de ser capaz de retirar a vida a alguém.

Não.


Fazia-o porque o precisava. Como todo monstro , o seu objectivo fora tomar vidas. Mas não tinha um propósito, loucura ou demência que o salvasse ou atenuasse os seus actos. Vergil era lúcido, e fazia o que fazia ...

... por fazer.


E enquanto estava ajoelhado no chão, a ouvir a divina música que lhe inundava os ouvidos, não sentia nada. Nem dor, nem fatiga, nem sequer remorsos. Sentia que mudaria a sua vida.

Levanta-se, lentamente. O seu corpo relaxado, a sua mente sã. Abre a porta que se interpunha entre ele e o exterior, e a passadas curtas, sai. É banhado pela luz do Sol, e enquanto olha para o céu, de um azul divinal, da varanda da sua enorme mansão, comprada com dinheiro de sangue, pensa para si mesmo.

" Não tenho perdão de Deus. "

Pensativo, mentaliza-se da sua nova realidade numa federação de wrestling, realidade a qual lhe poderia custar os maiores preços a pagar.

O seu corpo, e a sua alma.
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Mensagem por Sezarus Sex 01 Ago 2014, 09:57

Promo #7 - Continuação Vergil


O mais puro breu precipita-se sobre o seu olhar. Ele questiona o céu com os seus olhos castanhos liquefeitos, e tudo o que vê é a Lua a brilhar alto, cheia. Na sua mão repousa um copo, onde flutuavam várias pedras de gelo num pequeno mar de whisky. Estende essa mesma mão aos céus, e branda na sua voz profunda e cheia de rancor.

" Dies irae ! "

Sorve um bom bocado da bebida, sem pudor algum. O seu grito ecoa pelas paredes da sua enorme mansão, mas tudo o que ouve a seguir ... é o gritar estridente de um silêncio inebriante. Estava sozinho em casa, como em tantas noites no passado ... e isso pouco o incomodava.

Criados ? Para quê ?

Amigos ? Para quê ?

Mulheres ? Para quê ?

Amor ? Amizade ? Poder ?

...

Para quê ? Complicações ... para quê ?

Pousa o copo no parapeito da janela, e com um movimento só, mete uma aparelhagem ao seu lado a funcionar. As mais belas das sinfonias tocam, e ele entra em transe.

" Mozart ... "

Volta à sua janela, e pega novamente no copo. Recebera noticias da PWA, mais uma vez ... e não se incomodara um bocado que fosse. O seu destino estava traçado. Não nas estrelas, mas sim no sangue.

Não fazia ideia de quem o seu adversário seria ... e não seria isso que iria abrandá-lo.

" Terei o que tiver a ter, contra quem o tiver de ter ... "

Olha pela última vez a Lua, e contempla-a bem, antes de fechar os seus olhos, e se deixar levar pela corrente ...
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Mensagem por Sezarus Sex 01 Ago 2014, 10:00

Promo #8 - Continuação Vergil



" ... "

Um milhar de pensamentos inundavam-lhe a mente ao entrar naquele edificio. Olhava para as paredes, para o chão, para os trabalhadores. O cheiro do assentar de tijolo, do cimento fresco, das paredes acabadas de pintar. Olhava para os trabalhadores, homens rudes que suavam enquanto labutavam. Tanta cor, cheiro, tanta sensação, ruído ... e nenhum lhe despertava um verdadeiro sentimento. Era oco ... e talvez se devesse sentir triste por isso. Mas não sentia.


Não sentia nada.

Os seus passos eram curtos e implacáveis. A sua indumentária, cara e elaborada, contrastava com a dos trabalhadores. Mas por cada passo que dava, não era para a roupa que eles olhavam. Não era para o casaco negro, abotoado até meio, onde se podia ver por baixo uma leve camisa branca. Não eram os sapatos engraxados.

Eram os seus olhos.


Podiam ser castanhos, sim. Comuns ? Talvez. Mas radiavam com uma falsa calma, um rugir igual ao de um animal selvagem acabado de enjaular. Os homens olhavam para ele ... e baixavam a cabeça.

Brevemente chegaria ao seu objectivo. Uma mesa simples, uma mulher bonita. A recepção do edificio. Ela olha para ele, e este repara nos seus olhos verdes, reluzentes e cristalinos. Repara na sua bela estatura, nas suas medidas ... e nada sente.


" Quantas iguais a esta não arranjaria eu ... " - Pensa ele para si mesmo, sem grande sentimento.

Secretária: Boa tarde, em que ...

Vergil (Interrompendo-a): Vim falar com o senhor Vieira.

Secretária (Aborrecida com o modo como Vergil falava): E tem hora marcada ?

... : Não, não tem. Mas deixa-o entrar à mesma.

Vergil e a mulher olham para o lado, e vêem Vieira à porta do seu escritório. Este volta costas, e dá indicações a Vergil para o seguir.

Vieira (Sentando-se na sua cadeira): Bons olhos o vejam, DeVigo.

Vergil: Escolha engraçada de palavras. Presumo que esteja a pensar no porquê da minha vinda à sede.

Vieira (Rindo): Nem por isso, nem por isso. Veio provavelmente tratar de algo no seu contrato. Não seria, nem será, o primeiro a fazê-lo.

Vergil: A sua perspicácia está bem afinada. Sim, vim tratar de um ponto no meu contrato. Sei que já vem um pouco tarde, mas é algo que faço questão de tratar agora.

Vieira: E que ponto seria esse ?

Vergil: O meu ordenado, em si.

Vieira olha directamente para Vergil, e tosse levemente.

Vieira: Bem, como pode constatar, a federação está cheia de jovens estrelas. Entre elas, está você. Um aumento não pode ser efectuado ainda, sem provas de ...

Vergil: Compreendeu mal.

Vieira: Como ... ?

Vergil: Compreendeu mal. Não vim aqui para lhe pedir um aumento. Vim aqui para lhe dizer que não preciso de ordenado algum.

Vieira olha abismado para Vergil, mas este continua a falar.

Vergil: Quero apenas aparecer nos shows. Lutar, se possivel. Fazer a minha vida enquanto lutador. Ordenado ? Estou bem de finanças, não precisarei de dinheiro durante bastante tempo.

Vieira (Visivelmente abismado): Certo, certo. Não compreendo as suas razões, mas alguma terá. Mais alguma coisa ?

Vergil: Entro no show ?

Vieira (Rindo): É algo que vai ter de ver por si mesmo. Espere. Mas dir-lhe-ia para se preparar, nunca se sabe ...

Vergil: Nunca se sabe ...

Vergil despede-se com um leve acenar de mão, e sai do escritório da mesma maneira que entrou...
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Mensagem por Sezarus Sex 01 Ago 2014, 10:01

Promo #9 - Continuação Vergil



Por toda a mansão ecoava aquele leve, mas delicioso som. O crepitar de cada nota, cada uma tão diferente da anterior, cada uma com uma suavidade lugubre, capaz de estilhaçar corações, de aquecer almas. Por toda aquela mansão enorme, quase que vazia e escura como o breu, ecoava o som de um piano.

No coração do edificio, numa sala cujas paredes brancas, feitas de marmore, reluziam com a luz de um mero candeeiro, estava Vergil. Sentado frente a frente com um piano negro, as suas mãos moviam-se leve, mas quase que mecanicamente. Tocava um épico de Mozart, e ao fazê-lo, sentia-se relaxar. Sentia algo que não sentia facilmente, uma tristeza imortal que lhe corroia os pensamentos.

E sentia uma lágrima a escorrer-lhe pela face. Lembrava-se do seu passado. De tudo o que tinha feito. E de tudo o que tinha a fazer. Pensava na sua vida, no seu passado, presente, futuro vindouro.

Pensava se devia treinar. Mas para quê ? O seu fisico estava no auge. A sua mente, no pico da intelectualidade mortal. Não precisava de mais nada. Apenas de um adversário no ringue, e de um objectivo. E já tinha ambos.

" ... Silver ... "

DeVigo continua a tocar ininterruptamente noite fora, no maior dos relaxamentos mortais.
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Mensagem por Phen Seg 04 Ago 2014, 10:59

Eu disse que ninguém ia ler.
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Mensagem por Kid Seg 04 Ago 2014, 11:04

Phen escreveu:Eu disse que ninguém ia ler.

Quem disse?
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Mensagem por Klash Seg 04 Ago 2014, 11:08

O Phen é daqueles gajos fixolas que só querem mandar abaixo.
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Promos Antigas, a pedido de alguns. Empty Re: Promos Antigas, a pedido de alguns.

Mensagem por Guerrero Seg 04 Ago 2014, 11:10

Eu li. Mas eu comentar a elogiar promos do Sezarus é demasiado 2005.
Guerrero
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Mensagem por Demichelis Seg 04 Ago 2014, 11:45

As pessoas podem ler, não precisam comentar...
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Mensagem por Tiago Guedes Seg 04 Ago 2014, 20:02

Eu li, mas o tópico estava bloqueado xd
Tiago Guedes
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Mensagem por Cláudio Seg 04 Ago 2014, 21:08

EU já tinha lido isto no passado xD
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Mensagem por Phen Ter 05 Ago 2014, 05:47

E aqui está como com um só comentário fiz com que mais n pessoas comentassem. Smile
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