Vanguarda da Luta Livre
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Mensagem por Klash Sáb 28 Mar 2015, 22:16

Gabriel Martins encontrava-se encostado a um parapeito de uma janela. Do lado de fora, espreitava uma Londres sombria e chuvosa, que atormentava quem quer que fosse nesta altura do ano. O ex-lutador, agora jornalista novamente, olhava pela janela como quem espia a população londrina correndo de um lado para outro, uns com sacos de compras à cabeça e correndo apressadamente, enquanto outros vagueavam vagarosamente, coberto com uns impermeáveis. A assistir a este cenário estava uma câmara ligada, que gravava todos e os poucos movimentos do vimaranense.

Gabriel: Já souberam das notícias? Aposto que sim. Também eu a soube há alguns dias atrás, mas mantive-me aqui dentro, sozinho, pensativo sobre todo esse tema. A Vanguarda da Luta Livre voltou. O maior astro de wrestling nacional dos últimos anos regressou para mais um evento e contactaram-me para fazer parte deste projeto.

Gabriel fecha as cortinas da janela e aproxima-se da câmara, porém, mantendo-se ainda alguns passos afastado.

Gabriel: Talvez não se lembrem, mas eu vi o meu contrato rescindido, destruído, rasgado, pelas mãos desse projeto também. Com o argumento de "má conduta", após alegadamente, ter destruído uma campa algures nos Açores, os oficiais da VLL decidiram unanimemente despedir-me e pôr-me na fila do desemprego pela qual tantas pessoas são assoladas.

Gabriel: Ao contrário do Diogo Lourenço, meu oponente no Independência, eu não considero os ingleses como hipócritas ou egocêntricos. Não posso. Não digo que a culpa de eles fazerem parte do combate principal, enquanto que dois portugueses de raiz ficam a olhar para as luzes da ribalta. Não os posso culpar por isso, também. Não posso porque, ao contrário de muitos, eu vejo no público inglês alguém com coração, que viu num antigo colega de profissão uma nova oportunidade de trabalho. Sim, para os que não sabem, voltei a ingressar no The Guardian, para exercer a minha antiga profissão.

O som da chuva e vento intensificam-se no exterior.

Gabriel: No entanto, concordo com o Diogo ao dizer que todas estas especulações sobre o combate de ingleses é imoral e fantasiosa, enquanto estão dois homens da nação prontos para dar o melhor espetáculo possível e deitar a arena a baixo. É injusto para duas pessoas que tanto provaram o seu valor dentro de fronteiras serem menosprezados e esquecidos pelo seu próprio público neste momento, é injusto termos de nos baixar e ajoelhar-mo-nos perante eles, que se fossem Sua Majestade.

Gabriel: Nunca me baixei perante nada nem ninguém, pelo menos, não de bom modo. A minha família tem brasão, o meu sangue é descendente do sangue de guerreiros que protegeram o nosso país de povos como o britânico em séculos passados. A minha linha evolutiva mostra que sou o próximo a subir ao trono e expulsar quem não é bem-vindo à nossa nação, quem quer destruir tudo o que o povo nacional construiu durante anos.

A tempestade intensifica-se mais uma vez. Perante toda a força da chuva e vento, a janela que Gabriel tinha fechado anteriormente, cede e abre-se com toda a força, ecoando pela casa quando bate na parede. Martins apressa-se a dirigir-se até lá e fecha-a mais uma vez, esperando que tal não torne a acontecer.

Gabriel: É claro que não posso operar este feito sozinho. Com o Diogo ao meu lado, acredito que podemos efetivamente pôr na sombra o trabalho que os ingleses podem transpor, e provar que somos tão ou mais capazes de trazer melhores lutas ao evento. Embora o Diogo Lourenço seja mais um drogado, bêbado, pau mandado do que propriamente um guerreiro, é o espírito de luta que importa neste tipo de batalha. Enquanto que os peões avançam no tabuleiro de xadrez para abrirem caminho e, serem dizimados, eventualmente, atrás deles estão outros mais capazes de trazer um novo espírito de vitória. Apenas os mais fortes sobrevivem após uma longa e dura batalha... Nick Lawrence, Kevin Gunn, a teoria Darwinista estará do lado português, do lado nacional no Independência.
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