Vanguarda da Luta Livre
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Hostilidades Colombianas

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Mensagem por Klash Dom 29 Mar 2015, 23:18

Fazia-se noite na cidade de Lisboa, à medida que mais e mais pessoas aderiam ao conforto do Centro Comercial Colombo para um bom serão de domingo, seja a ver um filme, ir às compras, ou fazer um simples jantar. Entre elas estava Gabriel Martins, o antigo lutador da Vanguarda da Luta Livre, que passeava pelos pisos do shopping, olhando as montras, observando as pessoas que por si passavam. Durante o dia, e tal como foi noticiado, Gabriel havia passado rodeado pelos seus fãs, assinando bastantes autógrafos, tirando montes de fotografias, dando algumas entrevistas. Porém, e para sua surpresa, este não conseguiu ver algum colega que fosse da antiga companhia de wrestling portuguesa. "O Colombo é enorme" - pensava ele - "algum haveria de andar por aí". No entanto, e enquanto não avistasse nenhum, este apenas era mais um a vaguear por ali, afogado nos seus próprios pensamentos.

Gabriel (indignado): Porque raio é que isto se chama Colombo, afinal? Quer dizer... nem há provas que ele tivesse nascido em Portugal, quanto mais tivesse essa mesma nacionalidade. Bem, pelo menos vejo que a mania de valorizar os estrangeiros já é antiga, não é só uma coisa da VLL...

Gabriel olha em seu redor, porém, de entre milhares de cabeças a passar por ele, nenhuma lhe era reconhecida.

Gabriel: Ele descobriu a América, o novo mundo, sim. Mas era nem sequer era isso que ele queria fazer. Ele queria ir à Índia, por amor de Deus, e ainda assim continuou a achar-se vencedor depois de aterrar nas Antilhas. O gajo caiu do céu e ainda assim o consideram o maior lá nas Américas. Aqui para mim, o gajo era um ninguém que apenas teve a sorte de uma vida e agora é recordado pelas gerações com um feriado em Outubro.

Gabriel Martins reflete nas próprias palavras por momentos, seguido de um forte suspiro.

Gabriel: Ou talvez seja eu a precisar de um golpe de sorte infernal. Os meus antepassados, eles foram recordados por seres bravos, valentes, homens de espírito, homens sem medo, nos livros de história, nos livros de literatura. Eu vivo numa época em que é difícil ser lembrado como uma pessoa verdadeiramente importante, não como um corrupto ou um vendido. Eu quero ser relembrado, não como aquele jornalista por trás de uma capa de jornal, mas sim como um lutador dos tempos de hoje, um homem completo de garra e coragem.

Enquanto continua a sua caminhada, Gabriel passa pela zona dos restaurantes. Sem mais nada para fazer e ninguém para cumprimentar, decide ir pedir algo para comer e beber e senta-se numa das poucas mesas disponíveis, lá ficando, pensando.
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